Para o encontro, João Miguel Lima e Raul Soares compartilharam imagens, um vídeo e publicações das pesquisas que desenvolviam individualmente e de uma experimentação que realizaram juntos, aproximados pelo interesse na corpografia.
Em 2016, Raul lançou a pergunta “Por que a gente fecha os olhos quando beija?” para amigos via WhatsApp e pediu respostas em áudio. O vídeo “tatear, uma coleção de instantes #1” é uma produção colaborativa com as diferentes respostas e modos de lidar com o corpo e os sentidos no momento de um beijo. Contou como essas questões dão movimento a uma pesquisa de acompanhar sensações, envolvendo a cidade, a visão e o tato, aproximando a arquitetura, a cartografia, a corpografia e o design.
Com a pergunta “Como somos cidade?”, João Miguel apresentou sua pesquisa fotográfica em torno das plantas “ocupadeiras” como um modo de pensar e discutir as relações entre humanos e não humanos. No entrelaçamento com o ativismo da arte ambiental, discutiu a ideia das “5 peles” do artista Hundertwasser e como proposições artísticas podem ser intervenções coletivas, com a obra “7000 Carvalhos”, iniciada por Joseph Beuys na Alemanha. Para o debate, compartilhou uma tradução do texto “7000 Oaks”, de Lynn Cooke, sobre o trabalho de Beuys.
Raul e João Miguel compartilharam, ainda, suas impressões de experimentar a corpografia de olhos vendados pelas ruas dos bairros Fátima, José Bonifácio, Benfica e Centro, numa tarde de 2017.
Desenhos, fotografias e palavras dessas caminhadas estão reunidos no arquivo “Corpografia”, que lembra que para “fazer cidade sentindo na pele a textura do tecido urbano [...] é preciso estar perto”.
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