A pesquisa instiga, em seu próprio nome, um convite ao encontro entre as artes e as cidades com o desejo de intensificar as proposições poéticas e políticas, ao cartografar e inventar processos (trans)formativos que ativem encontros com modos de existência singulares e coletivos, no cotidiano das cidades e da universidade. O pesquisar com se faz, aqui, em gesto de habitar o entre e, pela poética do encontro, tecer vizinhanças que se fazem urgentes não como “resposta” às questões climáticas (imbricadas que estão com crises de diversas instâncias, dentre elas, uma crise civilizacional), mas como modo de estar presentes, fazendo perguntas, aprendendo a atravessar no próprio passo da travessia. Seguiremos, assim, com exercícios teórico-metodológicos permeados por um diálogo permanente recentes estudos da onto-epistemologia, mapeando e ocupando espaços comuns com experimentações artísticas que problematizem a relação entre artes, micropolítica urbanas e produção de subjetividades em uma proposição e experimentação trans(in)disciplinar. As Fortalezas Sensíveis nos provocam a pensar e operar as múltiplas possibilidades de fazer-cidade, assim como as múltiplas possibilidades de fazer-arte, e, assim, nos fazem compreender as cidades como um movimento de/em/com artes, de modo que partimos de gestos que buscam se atentar às poéticas e ao sensível do fazer-com. Compondo uma tríade, a pesquisa Fortalezas Sensíveis: processos (trans)formativos com as artes e as cidades surge como desdobramento|continuidade das outras pesquisas: Fortalezas Sensíveis: intervenções com a cidade (2017-2020) e Fortalezas Sensíveis: escritas com as cidades (2020-2024) realizadas com o Laboratório Artes e Micropolíticas Urbanas (LAMUR|CNPq), amparado no Programa de Pós Graduação em Artes (PPGArtes), no Instituto de Cultura e Artes, na Universidade Federal do Ceará (UFC).

Palavras-chave: Artes; Cidades; Processos (trans)formativos; Trans(in)disciplinar.