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2019.1 - #3
Imagem e Resistência

O Grupo de Estudos do LAMUR convida tods interessads para o nosso terceiro encontro, que acontecerá nessa quinta-feira, 23/05, às 18h30, na sala de audiovisual D, bloco de comunicação do CH2, Benfica, na Av. da Universidade, 2683.

 

O encontro com Lucas Dilacerda (@lucasdilacerda), integrante do LAMUR e aluno do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFC, apresentará a teoria dos levantes desenvolvida pelo filósofo francês Georges Didi-Huberman em sua exposição "Soulèvements" (2016), que investiga o peso de tempos históricos diversos e o gesto de levantá-los de muitos modos e maneiras distintas. Um levante pode ser um “minúsculo gesto de recuo ao mais gigantesco movimento de protesto” (HUBERMAN, 2017, p. 16), uma ação que possui “milhares de representações do gesto ‘não’, do grito ‘basta!’ ou do brado ‘não passarão!’” (GILI, 2017, p. 16). Diante do peso dos tempos, das forças reativas que marcham e ordenam pelo poder, pela morte e pela obediência, os levantes são a conquista das forças ativas que gritam e proclamam pela potência, pela vida e pela resistência, que na exposição "Soulèvements" são expressos em elementos (desencadeados), gestos (intensos), palavras (exclamadas), conflitos (abrasados) e desejos (indestrutíveis). Didi-Huberman retoma o conceito de pathosformel (vida após a morte) do filósofo alemão Aby Warburg (1866-1929) para pensar a sobrevivência, não só das imagens, mas também da resistência, que assim como os fantasmas, que atravessam as paredes, os levantes atravessam os tempos e espaços atualizando-se em modos de existência, resistência e desobediências singulares em cada peso dos tempos, seja em 1968 ou em 2018, “[...] a cada minuto que passa imagino que, em algum lugar, milhares de braços se levantam em uma rua, em uma fábrica em greve, ou em um pátio de escola. Em nossos sonhos, nossos braços se levantam quando nossas emoções se povoam e se tornam insurgentes” (HUBERMAN, 2017, p. 302).

Em um primeiro momento, o encontro promoverá uma introdução à filosofia de Aby Warburg, apresentando o projeto "Atlas Mnemosyne" (1924 - 1929) e as suas principais teses e conceitos, tais como: pathosformel, fórmula de páthos, sobrevivência, vida após a morte etc. Para a partir disso, compreender a filosofia de Didi-Huberman como uma herdeira da filosofia de Aby Warburg.

 

Em um segundo momento, serão apresentadas as críticas à exibição dos "quatro pedaços de película arrancados ao inferno" na exposição "Memória dos campos - fotografias dos campos de concentração e de extermínio nazistas de 1933 a 1999" (2001) e as críticas ao texto "Imagens apesar de tudo" (2001) de Didi-Huberman, presente no catálogo da exposição. Em seguida, serão apresentadas as respostas de Didi-Huberman às críticas no texto "Apesar da imagem toda" (2002). Para então apresentar o contexto do livro "Cascas" (2011) e as críticas de Didi-Huberman ao Memorial e Museu de Auschwitz-Birkenau.

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Grupo de estudos LUCAS Primeiro semestre de 2019.jpg

Por fim, será apresentada a teoria dos levantes e a relação entre imagem e resistência.

Sugestões de leitura:

 

DIDI-HUBERMAN. Georges. Cascas. São Paulo: Editora 34, 2017.

 

DIDI-HUBERMAN. Georges. Levantes. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2017

Clique nos títulos para baixar os PDFs :)

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